Objetivos e público alvo
Visa mapear e cadastrar três comunidades indígenas Gamela no Sudoeste do Piauí, fortalecendo a luta pela demarcação de terras, a proteção ambiental e a segurança dos povos indígenas. O público prioritário são as comunidades de Laranjeiras, Riachão dos Paulos e Baixa Funda, que enfrentam desmatamento, grilagem de terras e violações de direitos humanos.
Contexto
O Sudoeste do Piauí, região rica em biodiversidade do Cerrado, enfrenta graves problemas socioambientais, como desmatamento, uso excessivo de agrotóxicos e disputas territoriais. As comunidades indígenas Gamela sofrem com a invasão de suas terras, ameaças e violações de direitos humanos. Segundo o MapBiomas (2022), o Piauí perdeu 355.589 hectares de vegetação nativa, com uma média de 221 hectares desmatados por dia. Os recursos solicitados serão utilizados para mapear e cadastrar os territórios indígenas no aplicativo “Tô no Mapa”, elaborar memoriais descritivos e criar diretrizes para um Plano de Gestão Ambiental e Territorial (PGTA), fortalecendo a luta pela justiça socioambiental.
Sobre a Organização
A Associação dos Povos Tradicionais e Indígenas da Comunidade Laranjeiras foi criada para fortalecer a luta pela demarcação de terras e a proteção dos direitos indígenas do povo Gamela de Laranjeiras e da região Sudoeste do Piauí. A organização é composta majoritariamente por mulheres, que lideram a diretoria e as atividades de extrativismo sustentável. A associação integra redes como o Fórum dos Povos do Cerrado e articula-se com instituições como a Universidade Federal do Piauí (UFPI) e o Ministério Público Federal (MPF).